Posts Tagged ‘cinema’

h1

Especial Virada Gastronômica

17/05/2010

Por Tati Bortolozi

Paralela à Virada Cultural, evento que reuniu espetáculos de dança, música e teatro no centro de São Paulo, o cinema HSBC Belas Artes ofereceu, como programação alternativa, a Virada Gastronômica.

Como o próprio nome sugere, a proposta foi aliar experiências cinematográficas e gastronômicas. No menu cinematográfico estavam Doce de Coco (2009) – filme nacional de  Penna Filho, ainda inédito no circuito-, Índia, o Amor e outras Delícias (Nina’s Heavenly Delights, 2006), Julie & Julia (2010), Tá Chovendo Hambúrguer (Cloudy with a Chance of Meatballs, 2009), O Sabor da Melância (The Wayward Cloud / Tian Bian Yi Duo Yun, 2004) e Amores Expressos (Chungking Express, 1994). Cada ingresso dava direito a uma programação com três, dentre todos os filmes anteriores.

No cardápio gastronômico: hambúrgueres, drinks de melancia, samosas, picolés de limão e docinhos de coco. Distribuídos, parcialmente, a cada intervalo dos filmes.

A Irmandade do Blog foi conferir o evento, escolheu a lista com O Amor e outras Delícias, O Sabor da Melancia e Doce de Coco, e listou algumas impressões o evento e os filmes.

Com as três salas de exibição lotadas no tradicional cinema entre a Paulista e a Consolação, a sessão começou pontualmente à meia noite. Nosso primeiro filme era Índia, o Amor e outras Delícias. Recém-lançado no circuito nacional, o filme retrata a vida de Nina, uma garota indo-escocesa que volta para casa após a morte de seu pai para reencontrar sua família e representar o restaurante do patriarca em uma competição gastronômica.

Acompanhada por uma amiga drag queen que nos diverte com suas performances de dança, ela resolve encarar os desafios de voltar a morar com a mãe. No decorrer da história, a moça se apaixona pela sócia do restaurante e fica dividida entre assumir ou não a relação lésbica.

De zero a dez, nossa nota é sete. Apesar de ter uma história estruturada, com boas interpretações, o filme se encaixa no formato “Sessão da Tarde”. A história é leve, sem muitas surpresas, mas inova ao entrelaçar gastronomia e lesbianismo em um filme indiano, contextualizado e filmado no Reino Unido. Seguindo a tradição indiana, músicas e danças típicas permeiam a comédia, de Pratibha Parmar.

O Sabor da Melancia, do taiuanês Tsai Ming-liang, retrata uma falta de água terrível que acontece em Taiwan. Por causa disto, os canais de televisão aconselham a população a economizar e beber suco de melancia. Com a dura sobrevivência, a solidão acomete os três personagens principais do filme, Shiang-Chyi, uma moça que reencontra Hsiao-Kang, um antigo vendedor de rua que havia lhe vendido um relógio, mas que agora trabalha como ator pornô e, por fim, a atriz parceira de Kang nos filmes.

Embora possua um contexto, é difícil dizer que se chega perto de construir uma história. Com atuações fracas, figurino pobre, o filme fica entre o pornô e o musical (das situações mais inesperadas surgem interpretações cantadas). O exótico tranformado em sexualidade vulgar e banal; em uma das cenas finais, a atriz pornô é praticamente estuprada no setting e nada se comenta ou desenrola da situação.

Mesmo para os maiores fãs do cinema alternativo taiuanês, é difícil encontrar algo bom no filme. Durante a sessão, a sala chegou a esvaziar-se em quase um terço, parte por cansaço, parte por decepção.

Pode até parecer chatice, mas nem o último filme foi capaz de nos convencer que virar a noite no cinema valeu a pena. Doce de coco, filme brasileiro com roteiro e direção do cineasta Penna Filho, narra a história de Madalena, uma sacoleira, e seu marido Santinho, um artesão sacro, que passam por dificuldades financeiras. Para sair da situação difícil, o casal apela para a loteria e até para um sonho em que Madalena vê uma arca com uma Virgem Maria de ouro enterrada no túmulo do antigo padre da cidade. O casal decide procurar (e desenterrar) o tesouro, mas daí advém problemas com a polícia corrupta.

Filmado em Santa Catarina, com um elenco de atores desconhecidos, as interpretações são medianas, assim como os diálogos. O que incomoda um pouco é o politicamente correto defasado do filme. O protagonista, Santinho, luta até hoje, sofre e prega contra a ditadura. Sem querer desmerecer a importância daqueles que lutaram em um dos períodos mais sofríveis e marcantes da história do país, mas se a ideia do filme, como se confirma no final, é alertar para a inércia política, temas atuais poderiam cair bem melhor. Se consolar com o passado não deixa de ser conformismo. Para o filme, nota seis, considerando que o cinema no sul do país deve ser incentivado e ainda é bastante desconhecido.

Quanto às degustações, embora preparada com muita dedicação, e sem patrocínios neste ano, o serviço foi insuficiente. Nem todos puderam provar os hamburgueres e as samosas, que terminaram num piscar de olhos. Mesmo sem ter tido muita sorte na escolha dos filmes, a Irmandade recomenda o evento, que é organizado com muito capricho e organização, e espera que ano que vêm nossas expectativas sejam supridas e superadas!

h1

Iron Man 2

14/05/2010

Este post demorou um pouco para sair, mas enfim veio. Confesso que o que me atraiu nesta franquia foi a trilha sonora (você pode conferir uma boa resenha sobre a trilha aqui), a história ficou secundária, no primeiro momento, porque eu nunca li o HQ. Eu queria ver Homem de Ferro, o primeiro, porque ia tocar Iron Man, do Black Sabbath, em algum momento do filme. E esta música só foi a que me levou ao obscuro mundo do Heavy metal (rsrsrs).

Acontece que o filme agradou e eu fui ver o segundo no dia da estreia, em 2D mesmo porque a sala 3D estava lotada. Vamos ao filme. Homem de Ferro 2 começa logo na sequência do primeiro filme. Tony Stark acaba de anunciar que é o Homem de Ferro e, por isso, enfrenta problemas com o governo americano, que exige que a armadura de stark seja compartilhada com o exército. Paralelo a este problema um físico russo super-vilão constrói um modelo do Gerador Arc (o gerador que fica no lugar do coração de Tony Stark) e consequentemente consegue a mesma energia e força do herói. Acho que não preciso dizer muita coisa a mais, ele sai quebrando tudo e provocando altas explosões.

Homem de Ferro 2  é mega divertido. Tem boas cenas de ação, explosões bonitas, uma trilha sonora legal pacas e todo o humor divertido de Tony Stark. Vem com alguns clichês, como a clássica lição de amizade, o romance mal resolvido entre Tony Stark e PepperPotts, coisas clássicas de blockbusters, mas é tão divertido que a gente até perdoa.

Há também a introdução de novos personagens. Scarlett Johanson interpreta uma nova heroína, a Black Widdow, e protagoniza uma das cenas de luta mais legais do filme. Com isso a franquia puxa a sardinha pra um filme dos Vingadores novamente.

Iron Man 2 Vale o ingresso, a pipoca e o cd com a trilha do filme. Após os créditos há uma ceninha.

Assista o Trailer  e vário videozinhos legais aqui

SPOILER GIGANTE (para quem quer saber qual é a ceninha)

Nesta cena o cara do governo, que eu não lembro o nome, vai ao Novo México e descobre o martelo de Thor numa escavação. O que nos leva a crer que haverá mesmo um filme dos Vingadores.

Fim do Spoiler

h1

Grandes mães do cinema

09/05/2010

Super-protetoras, carinhosas, corajosas, sensuais, determinadas. Um pouquinho mais ou um pouquinho menos, todas estas qualidades pertencem às pessoas mais importantes de nossas vidas: as mães. Neste domingo, A irmandade do Blog Viajante elenca cinco mães memoráveis do cinema nacional:

5 – Levar os filhos na escola, ensaiar o coral, cuidar do marido. Ser uma mãe moderna não é nada fácil, ainda mais se você acabou de trocar de corpo com seu marido. Helena (Glória Pires), de “Se eu fosse você” é a nossa quinta colocada no ranking.

4 Dona Lindu (Glória Pires) é a mãe do atual homem mais importante do país. No filme, Lula – o filho do Brasil, a mãe é uma personagem de muita força e perseverança.

3Lucinha Araújo: a mãe de Cazuza, é sem dúvida uma figura memorável, aliada incondicional de muitas batalhas. Junto com a jornalista Regina Echverria, ela escreveu o roteiro do filme “O tempo não pára”, que homenageia o filho músico. No filme, seu papel é interpretado por Marieta Severo.

2Zuzu Angel: a estilista lutou incansavelmente para descobrir a verdade sobre o desaparecimento de seu filho, em meio ao cenário opressivo da Ditadura Militar. Com muitas cartas a jornais e à classe artística, conseguiu apoios importantes como da Anistia Internacional e do compositor Chico Buarque. Seu filho, Stuart Angel Jones foi preso, torturado e morto pela ditadura militar.

1 Dora: sua profissão é escrever cartas em um terminal rodoviário para analfabetos. Mal-humorada, com cabelos despenteados, esta mulher vivida por Fernanda Montenegro em Central do Brasil aprende a ser mãe e também filha quando decide ajudar Josué a encontrar o pai, depois da morte da mãe.

h1

Passando calor com Alice em 3D

27/04/2010

por Carol Bossoni

Este post deveria ter saído na sexta, mas como Alice no País das Maravilhas é um dos filmes mais aguardados do ano, eu dei de cara com a bilheteria dos cinemas sem ingressos durante todo o fim de semana. Consegui, enfim, assistir  Alice no domingo à noite no Shopping Santa Cruz.

No filme de Tim Burton, Alice já tem 19 anos e as responsabilidades da vida adulta estão começando a perturba-la, até que ela vê de novo o Coelho Branco e volta ao País das Maravilhas.

Alice no país das maravilhas é bonito. Visualmente falando. Os cenários são coloridos e com toda aquela cara de fantasia que  a obra pede, os figurinos também são bem elaborados e a maquiagem dos personagens é extravagante e tudo tem aquela cara de Tim Burton. Outra coisafez os meus olhinhos brilharem foi o fato de que tudo está lá, a lagarta azul, o gato risonho, os gêmeos,os soldados de copas, a rainha vermelha (que é na verdade uma mistura da rainha vermelha do “Através do espelho” e a rainha de copas) e seu famoso “Cortem-lhe a cabeça”, o jogo dos flamingos e tudo o que eu lembrava do desenho e do livro.

O ponto fraco do filme é o roteiro, a história não é lá das mais originais, tanto que o final do filme já nos é revelado nas primeiras cenas que se passam no País das Maravilhas. Embora isso não tire a diversão da película. Já uma boa surpresa foi a presença do ator Crispin Glover. Ele faz o Valete  Stayne em Alice e é o George McFly, pai do protagonista Marty McFly,  do clássico “De volta para o futuro”

O único real problema que encontrei ao assistir Alice no País das Maravilhas foi o cinema. O Cinemark do Santa Cruz é muito ruim, começa na compra dos ingressos. O cinema não adotou os lugares marcados, então mesmo comprando o ingresso com bastante antecedência ainda precisei enfrentar uma fila e batalhar por uma poltrona. Graças a isso só consegui um lugar no canto da sala, em cima do corredor por onde as pessoas entram. De lá era impossível assistir ao filme confortavelmente pois bem na frente de onde aparecem as legendas, do meu ponto de vista, havia uma barra de ferro que me impedia de vê-las e cortava um pedaço da tela. Tive que assistir ao filme toda esticada, parecendo um Suricate de vigia.

O ar condicionado da sala não estava funcionando e nenhum funcionário avisou do problema, nem na compra dos ingressos e nem na entrada da sala. Você, caro leitor, pode imaginar o forno que uma sala toda fechada forrada por tapetes pode se transformar. Além destes problemas ainda havia uma mancha bem no meio da tela que ficou incomodando o tempo todo. E  a projeção 3D deste cinema também não é lá grande coisa. Todas as cenas em que havia maior velocidade saíram de foco. Definitivamente não recomendo.

Enfim, Alice vale a pena e o valor do ingresso, mas não no cinema do Shopping Santa Cruz.

h1

Apenas o Fim e Guerra ao Terror: pouco dinheiro, muito talento

04/04/2010

Por Tati Bortolozi

Neste fim de semana chegaram às locadoras dois filmes do circuito alternativo. O primeiro deles, Apenas o fim, com roteiro e direção de Matheus Souza, é a prova de que é possível fazer cinema brasileiro  sem os temas clichês de dramas sociais e comédias românticas e com pouco dinheiro.

Falo  sobre a pouca verba empregada no filme, pois, aluno de Cinema na PUC Rio, Matheus rifou uma garrafa de whisky entre colegas, arrecadou cerca de 8 mil reais (metade da verba do filme), juntou com a renda que o Departamento de Comunicação Social ofereceu e, durante 15 dias de férias, rodou o filme na própria universidade.

Curiosidades a parte, o filme conta a história da estudante Adriana (Érika Duvivier), que decide largar a rotina de faculdade, cidade e família para se mudar para um outro lugar qualquer. O namorado Tom(Gregório Duvivier) tem uma hora para convencê-la a desistir. Em diálogos despretensiosos, há humor, delicadeza, boas doses de cultura nerd e uma porção de referências pop da última década, ou seja, da nossa geração de universitários. No repertório, Cavaleiros do Zodíaco, Britney Spears, Transformers, o site de cinema Omelete…

Com alusões a Woody Allen, Bergman, Truffaut e tantos outros cineastas, o filme foca nos diálogos e viaja entre passado e presente, com distorções de câmera e luz para diferenciar os dois momentos. A trilha sonora é dos também estudantes da PUC, Los Hermanos. O longa de apenas 80 minutos já recebeu o prêmio de melhor filme do Júri Popular no Festival do Rio e na Mostra Internacional de São Paulo, além de ter sido selecionado para participar de festivais internacionais em Nova Iorque e Paris, por exemplo.

O filme se distancia das comédias românticas e dos dramas sociais que lotam as salas de cinema com filmes brasileiros, para lançar um novo olhar, através de sentimentos, questões existenciais e cotidianas. Vale a pena!

O segundo filme que chega às locadoras é o premiadíssimo(nada menos que ganhador do Oscar de melhor filme) Guerra ao Terror, de Kathryn Bigelow. A trama acompanha um esquadrão do exército dos EUA especializado em desativar bombas em Bagdá – rotina suicida que funciona como um vício ao sargento William James(Jeremy Renner). Com muitas cenas de ação, tensão e adrenalina, é mais um caso de cinema feito sem investimentos estrondosos, mas com uma boa idéia e muito talento. O filme no Brasil tinha sido lançado diretamente em DVD, no circuito alternativo, mas graças a premiação do Oscar, foi às telonas e agora volta às prateleiras. Aproveitem as dicas e divirtam-se!

h1

Amelia que era mulher de verdade…

03/04/2010

Por Carol Bossoni

Amelia estreou há uma semana em poucas salas de São Paulo. Conta a história de Amelia Earhart- famosa piloto americana e a primeira mulher a cruzar o Oceano Atlântico em um voo solo. O filme se passa no início da década de 1930, período da grande depressão e, paradoxalmente, auge da carreira de Amelia.

Dirigida por Mira Nair, a produção retrata principalmente o espírto livre de uma mulher atualíssima. Sonhadora, determinada, visionária. Amelia não aceita o estilo de vida das mulheres de sua época, mesmo após se casar com George Putnam (Richard Gere) ela não desiste de seu trabalho e recusa as amarras de um casamento infeliz, optando por viver com seu affair Gene Vidal ( Ewan McGregor) em um momento de crise. Após este período Amelia volta para seu marido e inicia uma empreitada inédita tanto para homens quanto mulheres: realizar uma volta ao mundo de avião.

O fime em si é fraquinho, tem menos emoção do que o trailer promete, mas o que eu quero tratar aqui realmente é outro ponto da discussão iniciada pela Thaís.  O que Amelia mostra é o início de uma busca que ainda não acabou, direitos iguais entre homens e mulheres. Todos os problemas pelos quais Amelia passa ao longo de sua carreira têm origem na incredulidade de todos em sua volta. Ninguém acredita que uma mulher seja capaz de, sozinha, pilotar um avião através do oceano. Depois acham impossível que ela consiga aprender a abastecer o avião em pleno voo. Amelia consegue ambas as coisas.

Nós tendemos a pensar que as mulheres não têm mais direitos a conquistar, pelo menos não na nossa sociedade,  ocidental e democrática. Foi o que eu ouvi de uma mulher na lanchonete, logo após o filme. Esta anônima chamava as feministas atuais de ignorantes e mal amadas. Curiosamente ela usava calças e cabelos curtos, o que foi motivo de estranheza em Amelia era natural para esta mulher. Talvez ela acredite que isso é obra do acaso.

Fato é que conquistamos inúmeros direitos ao longo do século 20, mas ainda não existe igualdade. As mulheres ainda ganham salários menores que os homens, mesmo ocupando a mesma função e com a mesma escolaridade. As profissões tipicamente femininas têm uma remuneração menor. Muitas empresas deixam de contratar mulheres para alguns cargos pois as mulheres saem de licença maternidade. E os homens? Eles também não podem escolher cuidar da família ao invés da carreira sem sofrer qualquer tipo de preconceito. Ou ter um cargo menor que o da esposa e não carregar o estigma do fracasso. Todas estas questões são culturais. Na minha humilde opinião, bem atrasadinhas. Reforço o convite da Thaís, vamos discutir os direitos humanos, de mulheres e homens, sem esquecer das desigualdades que estão perto de nós.

h1

A (r)evolução da tecnologia 3D

14/03/2010

Por Tati Bortolozi

O 3D é o novo queridinho das telonas. Em resposta ao home-theater, a internet e a pirataria, ele teve a missão de levar o público de volta às salas de cinema. E parece não ter tido dificuldades para isso.  Segundo a Motion Pictures Association of America, a frequência nos cinemas em 2009 aumentou 4%, e mesmo a produção americana de filmes tendo recuado 12%, a arrecadação aumentou em 10%. Em relatório, destaca que 86% das salas de cinema americanas já têm tecnologia digital, mesmo que nem todas sejam em 3D.

Para ilustrar o fenômeno tridimensional não dá para não pensar em Avatar, de James Cameron.  A história de Jake Sully (Sam Worthington),  um ex-militar paraplégico que tem de lutar pela sua sobrevivência e a do povo Na vi, no Planeta Pandora, foi o filme mais caro(pelo menos 400 milhões de dólares) mas também com maior arrecadação de bilheteria do mundo(mais de 1,859 bilhões arrecadados). Além dos números, Avatar entrou para a história cinematográfica por saber aliar o 3D a muitos efeitos visuais. Pasmem: algumas câmeras foram construídas com exclusividade para o filme!

As primeiras investidas em 3D aconteceram em 1922, com o filme Power of Love. Em 1950, aconteceu um boom da tecnologia, que apresentou ao mundo dezenas de filmes B que usavam de estratégias como instalar pratos vibratórios nas poltronas para simular choques elétricos ou deslizar por cima da platéia esqueletos inflávéis durante  filme. Além da modéstia das produções, o público não se adaptou ao uso dos óculos 3D, que causavam dor de cabeça. Além disso,  a falta de fidelidade nas cores desagradava aos espectadores. Não foi daquela vez que a moda pegou.

Neste ano, com produções como Toy Story, primeira animação computadorizada do cinema agora toda repaginada em 3D (veja o trailler acima) e  Alice no País das Maravilhas, do sombrio diretor Tim Burton, o cinema vai incorporando definitivamente a novidade. E vem muito mais por aí: Shrek 4, Jogos Mortais VII, Os fantasmas de Scrooge, Meu Malvado Favorito…

No entanto, não se sabe até quando o bolso de diretores e proprietários de salas de cinema vai continuar recheado. A Sony, LG e Panasonic planejam lançar a partir de abril televisores com tecnologia 3D que incluirão dois óculos e permitirão realçar imagens e criar impressão de profundidade, mesmo que não sejam gravadas em 3D. A Copa do Mundo da África do Sul será a grande impulsionadora das vendas. Ver os dribles da seleção chegando até você deve ter uma dose extra de emoção e um gostinho muito especial! Pena que a novidade talvez só chegue até o Japão e Estados Unidos até lá.