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A Liga

01/06/2010

Por Mari Matsunaga


A Liga estreiou no começo do mês de maio e já alcança 6 pontos no IBOPE (pesquisa realizada entre os dias 3 e 9 de maio na Grande São Paulo). O programa é composto por quatro repórteres que vivenciam um tema mostrando as diversas realidades. O formato do programa é da empresa Cuatro Cabezas, a mesma do CQC (https://airmandadedoblogviajante.wordpress.com/2010/03/15/32/).

Com foco jornalístico, A Liga busca mostrar uma história sob a ótica de quem vive. Os repórteres Rafinha Bastos, Débora Vilalba, Thaíde e Rosanne Mulholland vivenciam na pele diversas realidades sociais como prostituição, conflitos na Tríplice fronteira, presídios, o drama dos moradores de rua entre outros.

A cada semana, o quarteto investiga sob vários pontos de vista um tema e a novidade se dá na narrativa que aborda um assunto por diferentes ângulos. Relatos, entrevistas e testemunhos compõem a investigação jornalística do programa. Com ritmo dinâmico, doses de humor e polêmico, A Liga, conquista público fiel.

O programa é consagrado em outros países da América Latina e Espanha e agora aqui no Brasil. Visitem o site do programa: http://www.band.com.br/aliga/

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Aerosmith – eu fui!

31/05/2010

Por Tati Bortolozi

Eram quase dez horas da noite quando o estádio Palestra Itália ficou pontilhado por luzes azuis, que pertenciam as inúmeras câmeras dos fãs do Aerosmith, banda que se apresentou neste sábado (29) em São Paulo, (co)movendo uma legião de fãs.

“The best singer in the world”. Esta foi a definiçao do guitarrista Joe Perry, para o sempre extravagante Steve Tyler. Os dois músicos, que haviam ameaçado se separar do grupo no início do ano, pareciam bem entrosados. A paz estava selada.

O vocalista Steve Tyler saudou o público com um grito de “São Paulo”, seguido pelo hit “Eat the Rich”. Com um repertório um pouco diferente do tocado em Porto Alegre, foram incluídas músicas como “Back in the Saddle”, “King and Queens” e “Toys in the Attic”. A banda deixou de fora o hit “I Don’t Want To Miss A Thing”.

Para lá de quarentões, não faltou fôlego à banda, com Tyler soltando seus famosos agudos, dançando e fazendo acrobacias com o pedestal e o baterista Joey Kramer fazendo seu solo de bateria, com uma ajudinha ensaiada de Tyler, que arrancou gritos da plateia. O guitarrista Joey Perry fez pequenas, mas ótimas participações. Trocou de roupa, de guitarra, e até duelou com sua versao do Guitar Hero, provando que era muito melhor que sua versao virtual.

Talvez o único ponto a diminuir o brilhantismo da apresentação foi o vácuo na pista, parte central do estádio, enquanto as arquibancadas ficaram lotadas. Talvez muitos cambistas tenham segurado os ingressos, ou o público preferiu não arriscar comprar os tickets vendidos horas antes da apresentação no próprio estádio. O fato é que com preços entre R$ 150,00 e R$ 500,00, o show não era para qualquer um, mesmo para uma banda capaz de atrair fãs de todas as idades apaixonadas pelo bom rock`n roll.

A terceira passagem do Aerosmith por São Paulo encerrou a turnê “Cocked, Locked, Ready to Rock” na América do Sul, que, além do Brasil, também esteve na Venezuela, Colômbia, Peru e Chile.

Coonfira o set list da apresentação do Aerosmith em São Paulo:

Eat the Rich

Back in the Saddle

Love in an Elevator

Falling in Love (Is Hard on the Knees)

Pink

Dream On

Live on the Edge

Jaded

Kings and Queens

Crazy

Crying

Lord of the Thighs

Stop Messin’ Around

What it Takes

Sweet Emotion

Baby Please Don’t Go

Draw the Line

Bis

Walk This Way

Toys in the Attic

Vídeo: Thiago Matheuz

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Corrida contra o tempo!!

26/05/2010

Por Thais Toledo

Após um longo período sem postar nada no blog estou de volta. Peço desculpas, no entanto está sendo um pouco difícil para eu conciliar minhas tarefas. Portanto, para recuperar o tempo perdido terão uma overdose de posts meus pelos próximos dias.rs Tentarei não ser cansativa. Prometo à vocês.

A vida moderna é marcada pela pressa. Faculdade, estágio, trabalhos, cursos, responsabilidades e etc. Estamos sempre preocupados em correr contra o tempo. Quem nunca desejou que o dia acabasse logo para poder relaxar um pouco? Ou que o próximo sábado chegasse para poder sair e curtir? De repente até que o tempo passasse logo para receber a tão sonhada promoção, efetivação ou aumento de salário. Ou apenas que aquela prova já tivesse sido feita?? Todos nós. Isso me lembra o filme de Adam Sandler, Click, no qual seu personagem, Michael Newman é um workaholic decidido a tornar-se sócio da empresa. Nesse caminho acaba deixando sua família, lazer e tudo mais que não o ajude a chegar onde quer de lado.  

Durante todo essa batalha ele encontra um controle remoto que adianta o tempo, abaixa o volume da voz das pessoas e serve para “controlar” sua vida, adiantando o que desejar. ‘A como eu queria ter um desses’ pensei no momento em que vi o dvd na casa de uma amiga semana passada. Queria mesmo?? Será que desejamos mesmo acelerar o tempo e perder tudo? Será que não vivemos obstinados demais em alcançar o sucesso e entretidos com todas as suas possibilidades que nos tornamos cegos diante do que realmente importa?

Sei que este blog é de cultura e não pessoal, mas não posso deixar de comentar sobre algo que acaba atingindo todos de maneiras distintas. A incansável corrida contra o tempo e eterna busca pela felicidade. Então hoje neste primeiro post pergunto a vocês, o que realmente é importante para você? Se é dinheiro, poder, sucesso ou ao do tipo, continue sua corrida sem fim. Mas se é sua familia, amigos, namorado(a), tire um tempinho do seu dia e ligue, abrace, beije. Já perdi pessoas suficientes, tanto pela impaciência da distância quanto pelo corte final da linha da vida, e tais experiências me fizeram aprender isso, devemos aproveitar as oportunidades!! Aproveite as suas também no dia de hoje!! Este é meu primeiro post desta semana!! Até mais!!rsrs

Quem não lembra do famoso vídeo “Filtro Solar”?

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A menina que roubava livros

17/05/2010

Por Mari Matsunaga

 
 

Retomando os posts anteriores quando escrevemos sobre o best-seller Marley e Eu de John Grogan, A Cidade do Sol de Khaled Housseini, agora escrevo sobre o livro do australiano Markus Zusak, A menina que roubava livro (The book thief), também best-seller em 2009.

O livro é narrado pela morte, no qual Liesel Meminger se encontra ao longo da história. A menina vive na época da Alemanha nazista e se muda com seu irmão e sua mãe comunista (perseguida pelo nazismo) para uma cidade próxima a Munique, Molching. Seu primeiro livro furtado (O manual do coveiro) foi de um coveiro que o deixou cair. Porém ela não sabe ler ainda e assim se inicia a saga da menina que roubava livros. 

O casal Hans e Rosa Humbermann decide adotar Liesel por dinheiro, e ela é educada por Rosa que trabalha para a esposa do prefeito. A menina passa horas na bilbioteca particular do prefeito da cidade, onde depois passa a roubar livros de lá com a ajuda de seu amigo Rudy Steiner que era obrigado a integrar a Juventude Hitlerista.

O pai adotivo de Liesel foi soldado na Primeira Guerra Mundial e recebe em seu porão Max Vandenburg, judeu, filho de seu amigo morto na batalha. Max e a menina se tornam amigos, mas com o avanço da guerra, ele decide deixar a casa dos Hubermann para não causar mais problemas a família.

A esposa do prefeito nota os furtos e decide dar a Liesel um livro de capa preta para que a menina começe a escrever sua própria história. Ela demora a saber o que irá escrever e entitula o livro: A menina que roubava livros – uma pequena história de Liesel Meminger.

O Livro foi lançado em 2007 e retrata a vida aos olhos de uma sobrevivente da guerra, onde o culto a Hitler dominava a Alemanha. Em uma narrativa entre o confronto da infância perdida e os escassos e marcas deixado pela Segunda Guerra Mundial, A menina que roubava livros alcançou as listas dos mais vendidos de 2009. A narrativa corre nas 478 páginas contando as aventuras de Liesel Meminger.

Esse link possui um fórum no qual pessoas debatem e escrevem seus comentários, opiniões sobre o livro. Acessem: http://clubedolivro.forumbrasil.net/livros-autores-internacionais-f6/a-menina-que-roubava-livros-t20.htm

Boa leitura e comentem sobre o livro.

 

 

 

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Especial Virada Gastronômica

17/05/2010

Por Tati Bortolozi

Paralela à Virada Cultural, evento que reuniu espetáculos de dança, música e teatro no centro de São Paulo, o cinema HSBC Belas Artes ofereceu, como programação alternativa, a Virada Gastronômica.

Como o próprio nome sugere, a proposta foi aliar experiências cinematográficas e gastronômicas. No menu cinematográfico estavam Doce de Coco (2009) – filme nacional de  Penna Filho, ainda inédito no circuito-, Índia, o Amor e outras Delícias (Nina’s Heavenly Delights, 2006), Julie & Julia (2010), Tá Chovendo Hambúrguer (Cloudy with a Chance of Meatballs, 2009), O Sabor da Melância (The Wayward Cloud / Tian Bian Yi Duo Yun, 2004) e Amores Expressos (Chungking Express, 1994). Cada ingresso dava direito a uma programação com três, dentre todos os filmes anteriores.

No cardápio gastronômico: hambúrgueres, drinks de melancia, samosas, picolés de limão e docinhos de coco. Distribuídos, parcialmente, a cada intervalo dos filmes.

A Irmandade do Blog foi conferir o evento, escolheu a lista com O Amor e outras Delícias, O Sabor da Melancia e Doce de Coco, e listou algumas impressões o evento e os filmes.

Com as três salas de exibição lotadas no tradicional cinema entre a Paulista e a Consolação, a sessão começou pontualmente à meia noite. Nosso primeiro filme era Índia, o Amor e outras Delícias. Recém-lançado no circuito nacional, o filme retrata a vida de Nina, uma garota indo-escocesa que volta para casa após a morte de seu pai para reencontrar sua família e representar o restaurante do patriarca em uma competição gastronômica.

Acompanhada por uma amiga drag queen que nos diverte com suas performances de dança, ela resolve encarar os desafios de voltar a morar com a mãe. No decorrer da história, a moça se apaixona pela sócia do restaurante e fica dividida entre assumir ou não a relação lésbica.

De zero a dez, nossa nota é sete. Apesar de ter uma história estruturada, com boas interpretações, o filme se encaixa no formato “Sessão da Tarde”. A história é leve, sem muitas surpresas, mas inova ao entrelaçar gastronomia e lesbianismo em um filme indiano, contextualizado e filmado no Reino Unido. Seguindo a tradição indiana, músicas e danças típicas permeiam a comédia, de Pratibha Parmar.

O Sabor da Melancia, do taiuanês Tsai Ming-liang, retrata uma falta de água terrível que acontece em Taiwan. Por causa disto, os canais de televisão aconselham a população a economizar e beber suco de melancia. Com a dura sobrevivência, a solidão acomete os três personagens principais do filme, Shiang-Chyi, uma moça que reencontra Hsiao-Kang, um antigo vendedor de rua que havia lhe vendido um relógio, mas que agora trabalha como ator pornô e, por fim, a atriz parceira de Kang nos filmes.

Embora possua um contexto, é difícil dizer que se chega perto de construir uma história. Com atuações fracas, figurino pobre, o filme fica entre o pornô e o musical (das situações mais inesperadas surgem interpretações cantadas). O exótico tranformado em sexualidade vulgar e banal; em uma das cenas finais, a atriz pornô é praticamente estuprada no setting e nada se comenta ou desenrola da situação.

Mesmo para os maiores fãs do cinema alternativo taiuanês, é difícil encontrar algo bom no filme. Durante a sessão, a sala chegou a esvaziar-se em quase um terço, parte por cansaço, parte por decepção.

Pode até parecer chatice, mas nem o último filme foi capaz de nos convencer que virar a noite no cinema valeu a pena. Doce de coco, filme brasileiro com roteiro e direção do cineasta Penna Filho, narra a história de Madalena, uma sacoleira, e seu marido Santinho, um artesão sacro, que passam por dificuldades financeiras. Para sair da situação difícil, o casal apela para a loteria e até para um sonho em que Madalena vê uma arca com uma Virgem Maria de ouro enterrada no túmulo do antigo padre da cidade. O casal decide procurar (e desenterrar) o tesouro, mas daí advém problemas com a polícia corrupta.

Filmado em Santa Catarina, com um elenco de atores desconhecidos, as interpretações são medianas, assim como os diálogos. O que incomoda um pouco é o politicamente correto defasado do filme. O protagonista, Santinho, luta até hoje, sofre e prega contra a ditadura. Sem querer desmerecer a importância daqueles que lutaram em um dos períodos mais sofríveis e marcantes da história do país, mas se a ideia do filme, como se confirma no final, é alertar para a inércia política, temas atuais poderiam cair bem melhor. Se consolar com o passado não deixa de ser conformismo. Para o filme, nota seis, considerando que o cinema no sul do país deve ser incentivado e ainda é bastante desconhecido.

Quanto às degustações, embora preparada com muita dedicação, e sem patrocínios neste ano, o serviço foi insuficiente. Nem todos puderam provar os hamburgueres e as samosas, que terminaram num piscar de olhos. Mesmo sem ter tido muita sorte na escolha dos filmes, a Irmandade recomenda o evento, que é organizado com muito capricho e organização, e espera que ano que vêm nossas expectativas sejam supridas e superadas!

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Iron Man 2

14/05/2010

Este post demorou um pouco para sair, mas enfim veio. Confesso que o que me atraiu nesta franquia foi a trilha sonora (você pode conferir uma boa resenha sobre a trilha aqui), a história ficou secundária, no primeiro momento, porque eu nunca li o HQ. Eu queria ver Homem de Ferro, o primeiro, porque ia tocar Iron Man, do Black Sabbath, em algum momento do filme. E esta música só foi a que me levou ao obscuro mundo do Heavy metal (rsrsrs).

Acontece que o filme agradou e eu fui ver o segundo no dia da estreia, em 2D mesmo porque a sala 3D estava lotada. Vamos ao filme. Homem de Ferro 2 começa logo na sequência do primeiro filme. Tony Stark acaba de anunciar que é o Homem de Ferro e, por isso, enfrenta problemas com o governo americano, que exige que a armadura de stark seja compartilhada com o exército. Paralelo a este problema um físico russo super-vilão constrói um modelo do Gerador Arc (o gerador que fica no lugar do coração de Tony Stark) e consequentemente consegue a mesma energia e força do herói. Acho que não preciso dizer muita coisa a mais, ele sai quebrando tudo e provocando altas explosões.

Homem de Ferro 2  é mega divertido. Tem boas cenas de ação, explosões bonitas, uma trilha sonora legal pacas e todo o humor divertido de Tony Stark. Vem com alguns clichês, como a clássica lição de amizade, o romance mal resolvido entre Tony Stark e PepperPotts, coisas clássicas de blockbusters, mas é tão divertido que a gente até perdoa.

Há também a introdução de novos personagens. Scarlett Johanson interpreta uma nova heroína, a Black Widdow, e protagoniza uma das cenas de luta mais legais do filme. Com isso a franquia puxa a sardinha pra um filme dos Vingadores novamente.

Iron Man 2 Vale o ingresso, a pipoca e o cd com a trilha do filme. Após os créditos há uma ceninha.

Assista o Trailer  e vário videozinhos legais aqui

SPOILER GIGANTE (para quem quer saber qual é a ceninha)

Nesta cena o cara do governo, que eu não lembro o nome, vai ao Novo México e descobre o martelo de Thor numa escavação. O que nos leva a crer que haverá mesmo um filme dos Vingadores.

Fim do Spoiler

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Grandes mães do cinema

09/05/2010

Super-protetoras, carinhosas, corajosas, sensuais, determinadas. Um pouquinho mais ou um pouquinho menos, todas estas qualidades pertencem às pessoas mais importantes de nossas vidas: as mães. Neste domingo, A irmandade do Blog Viajante elenca cinco mães memoráveis do cinema nacional:

5 – Levar os filhos na escola, ensaiar o coral, cuidar do marido. Ser uma mãe moderna não é nada fácil, ainda mais se você acabou de trocar de corpo com seu marido. Helena (Glória Pires), de “Se eu fosse você” é a nossa quinta colocada no ranking.

4 Dona Lindu (Glória Pires) é a mãe do atual homem mais importante do país. No filme, Lula – o filho do Brasil, a mãe é uma personagem de muita força e perseverança.

3Lucinha Araújo: a mãe de Cazuza, é sem dúvida uma figura memorável, aliada incondicional de muitas batalhas. Junto com a jornalista Regina Echverria, ela escreveu o roteiro do filme “O tempo não pára”, que homenageia o filho músico. No filme, seu papel é interpretado por Marieta Severo.

2Zuzu Angel: a estilista lutou incansavelmente para descobrir a verdade sobre o desaparecimento de seu filho, em meio ao cenário opressivo da Ditadura Militar. Com muitas cartas a jornais e à classe artística, conseguiu apoios importantes como da Anistia Internacional e do compositor Chico Buarque. Seu filho, Stuart Angel Jones foi preso, torturado e morto pela ditadura militar.

1 Dora: sua profissão é escrever cartas em um terminal rodoviário para analfabetos. Mal-humorada, com cabelos despenteados, esta mulher vivida por Fernanda Montenegro em Central do Brasil aprende a ser mãe e também filha quando decide ajudar Josué a encontrar o pai, depois da morte da mãe.

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Uma dica preciosa

09/05/2010

Por Tati Bortolozi

Negra, obesa, grávida aos dezesseis anos, abusada pelos pais, com AIDs e um filho com Síndrome de Down. Os temas, que parecem elencados para uma reportagem de domingo de algum jornal sensacionalista, aparecem com toda a força no filme Preciosa (Precious – 2009). Antes de desanimar e achar que os assuntos são pesados demais para uma tarde de domingo, ou mesmo para um mesmo filme, saiba que o diretor Lee Daniels soube dar à produção as pitadas lúdicas exatas em meio a este drama tão profundo. A história, emocionante e com atuações ‘anônimas’ brilhantes, fica na memória.

O filme não é o primeiro, nem será o último, a enquadrar temas polêmicos como a gravidez e o abuso sexual. O que surpreende, no entanto, é a capacidade que o roteiro teve em conectar a pluralidade de assuntos-tabu em um só filme, sem que o espectador perdesse o interesse ou o fio da meada.

No enredo, Claireece Precious Jones (a estreante Gabourey Sidibe) é uma adolescente que sofre diariamente com o analfabetismo e a falta de perspectivas em uma vida doméstica em que é violentada sexualmente pelo pai( Rodney Jackson) e abusada pela mãe (Mo’Nique). Vivendo em uma realidade tão fria, Preciosa se pega imaginando como seria sua vida se fosse uma cantora ou atriz de sucesso. O clichê, que aparece durante toda a produção, serve para arejar um pouco a atmosfera de tanto sofrimento. Preciosa precisa sonhar com dias melhores. Envolvidos, nós sonhamos junto com ela.

Grávida do segundo filho com seu pai -o primeiro nascera com Síndrome de Down – a adolescente é expulsa do colégio e encaminhada à uma escola alternativa. Lá, aprende a dimensão de ser reconhecida como pessoa ao mesmo tempo em que se reconhece através das primeiras letras que lê e escreve.

Com atuações belíssimas de Gabourey Sidibe e Mo’Nique, a cena mais comovente, para mim, fica com a dupla no encontro com a psicóloga interpretada por Mariah Carey que, sem maquiagem, chegou a deslocar para si alguns desmerecidos holofotes.

Retomando alguns posts sobre o papel das mulheres na arte, seja literária, cinematográfica ou jornalística, mais uma vez vale a pena pensar em como a educação e a coragem são capazes de mudar a realidade, dentro ou fora das telas.

E você, o que pensa sobre o assunto, ou mesmo sobre o filme? Comente!

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As Filhas sem nome

08/05/2010

por Carolina Bossoni

A mais recente obra da escritora chinesa Xinran (autora do livro As boas mulheres da China) conta a história de três (de um total de seis) irmãs que saem da província rural de Anhui para a cidade de Nanjing à procura de emprego e melhores oportunidades.

As irmãs do livro não têm nome. De acordo com a história o seu pai tem tanta vergonha de ter gerado seis filhas e nenhum filho que não se preocupou em dar nomes a elas, que ficam conhecidas pela ordem do seu nascimento. As irmãs que vão para a cidade são a três, a cinco e a seis. O livro é baseado em histórias reais que Xinran ouviu em sua cidade natal. A narrativa nos mostra elementos da cultura chinesa após a Revolução Cultural. E mostra também as discrepâncias entre a vida de mulheres chinesas do campo e das cidades.

As filhas sem nome nos conta como estas moças venceram inúmeros desafios e superaram, acima de tudo, o estigma de ser mulher em uma cultura que supervaloriza o nascimento de filhos homens e onde os casamentos ainda são arranjados e as mulheres não têm direito de controlar seu próprio destino.

Alguns trechos do livro:

pg.20

“Começa em uma manhã fria de fevereiro, quando uma garota de dezenove anos chamada  Sanniu, que significa “três” em chinês, se viu de pé ao lado do salgueiro, estarrecida devido ao movimento de gente ao seu redor. Três estava fugindo de casa porque seus pais planejavam casá-la com o filho aleijado de um oficial do governo local. Tivera sorte.”

pg. 32

“Li Zhongguo, conhecido no vilarejo como Irmão Li Um, era um homem que jamais sorria. Embora fosse o mais velho dos filhos Li, o fato de que tivera seis filhas significava que ele jamais poderia caminhar de cabeça erguida como um verdadeiro homem, mas, em vez disso, tinha que se curvar  aos seus irmãos mais novos e aceitar um status mais baixo na família.”

pg.130

“As palavras de Cinco chamaram Três e Seis à realidade. Não era culpa dela não ter ido à escola. Os dois anos que Três passara na escola primária foram extremamente difíceis para a família, que mal teve dinheiro para comprar óleo de cozinha.”

pg.168

“De início Seis pensou que o casal era simplesmente ganancioso, querendo acrescentar mais livros à sua coleção pessoal. Afinal de contas, Meng dissera que ainda tinha muitas perguntas a responder. Mas à medida que o tempo passava, ela ouvia alguns clientes dizendo coisas como “Este livro ainda é proibido, mas a proibição quanto a este foi retirada”, e só então ela entendeu por que nem todos os livros podiam ser oferecidos para as pessoas lerem.”

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Ao som de Bublé…

03/05/2010

Por Mari Matsunaga

Michael Bublé atualmente é considerado um dos maiores cantores do jazz. O cantor nasceu em 1975, no Canadá, cresceu ouvindo a coleção de jazz de seu avô materno. Quando pequeno, já demonstrava determinação em seguir a carreira de cantor. Aos 15 anos, Bublé assumiu sua paixão pela música e recebeu o apoio de toda sua família. No início da carreira, o cantor trabalhou em muitos eventos ao mesmo tempo que se apresentava em casas noturnas. Em 1997 apareceu na televisão em rede nacional, em um documentário e dois anos depois participou de um musical em Toronto.

No ano de 2000, Bublé foi indicado ao Genie Award pois duas de suas músicas estavam no filme “Here’s to life”. Porém as coisas não andavam bem, e Bublé pensou em desistir da carreira musical e se dedicar a faculdade de jornalismo. Depois de se apresentar em uma festa de negócios, teve a sorte de estar no lugar e na hora certa, um encontro com o produtor musical e o executivo da Warner Bros, David Foster. Depois de muitas conversas e negociações, o cantor estava com contrato fechado com a gravadora. Logo, suas músicas tomaram conhecimento internacional, conquistando Disco de Platina em vários países, entrando na lista da Billboard e conquistando disco de ouro nos Estados Unidos.  

Bublé já esteve no Brasil, e algumas de suas músicas fizeram parte de trilha sonora de novelas globais, como Fever em Kubanacan (2003), You will never find another love like mine em Celebridades, Crazy little thing called love na novela Cor do Pecado (2004), Home em América, Me and Ms. Jones em Paraíso Tropical (2007) e Sway em Três Irmãs (2008). 

 

Os principais álbuns de Bublé são Michael Bublé (2003), It’s time (2005), Call me irresponsible (2007) e Crazy love (2009). Atualmente o cantor está em turnê pelo Reino Unido.  

Música de trabalho. 

Site Oficial: http://www.michaelbuble.com/

Myspace: www.myspace.com/michaelbuble

Bublé Brasil: www.bublebrasil.com.br