Archive for the ‘cinema’ Category

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Iron Man 2

14/05/2010

Este post demorou um pouco para sair, mas enfim veio. Confesso que o que me atraiu nesta franquia foi a trilha sonora (você pode conferir uma boa resenha sobre a trilha aqui), a história ficou secundária, no primeiro momento, porque eu nunca li o HQ. Eu queria ver Homem de Ferro, o primeiro, porque ia tocar Iron Man, do Black Sabbath, em algum momento do filme. E esta música só foi a que me levou ao obscuro mundo do Heavy metal (rsrsrs).

Acontece que o filme agradou e eu fui ver o segundo no dia da estreia, em 2D mesmo porque a sala 3D estava lotada. Vamos ao filme. Homem de Ferro 2 começa logo na sequência do primeiro filme. Tony Stark acaba de anunciar que é o Homem de Ferro e, por isso, enfrenta problemas com o governo americano, que exige que a armadura de stark seja compartilhada com o exército. Paralelo a este problema um físico russo super-vilão constrói um modelo do Gerador Arc (o gerador que fica no lugar do coração de Tony Stark) e consequentemente consegue a mesma energia e força do herói. Acho que não preciso dizer muita coisa a mais, ele sai quebrando tudo e provocando altas explosões.

Homem de Ferro 2  é mega divertido. Tem boas cenas de ação, explosões bonitas, uma trilha sonora legal pacas e todo o humor divertido de Tony Stark. Vem com alguns clichês, como a clássica lição de amizade, o romance mal resolvido entre Tony Stark e PepperPotts, coisas clássicas de blockbusters, mas é tão divertido que a gente até perdoa.

Há também a introdução de novos personagens. Scarlett Johanson interpreta uma nova heroína, a Black Widdow, e protagoniza uma das cenas de luta mais legais do filme. Com isso a franquia puxa a sardinha pra um filme dos Vingadores novamente.

Iron Man 2 Vale o ingresso, a pipoca e o cd com a trilha do filme. Após os créditos há uma ceninha.

Assista o Trailer  e vário videozinhos legais aqui

SPOILER GIGANTE (para quem quer saber qual é a ceninha)

Nesta cena o cara do governo, que eu não lembro o nome, vai ao Novo México e descobre o martelo de Thor numa escavação. O que nos leva a crer que haverá mesmo um filme dos Vingadores.

Fim do Spoiler

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Grandes mães do cinema

09/05/2010

Super-protetoras, carinhosas, corajosas, sensuais, determinadas. Um pouquinho mais ou um pouquinho menos, todas estas qualidades pertencem às pessoas mais importantes de nossas vidas: as mães. Neste domingo, A irmandade do Blog Viajante elenca cinco mães memoráveis do cinema nacional:

5 – Levar os filhos na escola, ensaiar o coral, cuidar do marido. Ser uma mãe moderna não é nada fácil, ainda mais se você acabou de trocar de corpo com seu marido. Helena (Glória Pires), de “Se eu fosse você” é a nossa quinta colocada no ranking.

4 Dona Lindu (Glória Pires) é a mãe do atual homem mais importante do país. No filme, Lula – o filho do Brasil, a mãe é uma personagem de muita força e perseverança.

3Lucinha Araújo: a mãe de Cazuza, é sem dúvida uma figura memorável, aliada incondicional de muitas batalhas. Junto com a jornalista Regina Echverria, ela escreveu o roteiro do filme “O tempo não pára”, que homenageia o filho músico. No filme, seu papel é interpretado por Marieta Severo.

2Zuzu Angel: a estilista lutou incansavelmente para descobrir a verdade sobre o desaparecimento de seu filho, em meio ao cenário opressivo da Ditadura Militar. Com muitas cartas a jornais e à classe artística, conseguiu apoios importantes como da Anistia Internacional e do compositor Chico Buarque. Seu filho, Stuart Angel Jones foi preso, torturado e morto pela ditadura militar.

1 Dora: sua profissão é escrever cartas em um terminal rodoviário para analfabetos. Mal-humorada, com cabelos despenteados, esta mulher vivida por Fernanda Montenegro em Central do Brasil aprende a ser mãe e também filha quando decide ajudar Josué a encontrar o pai, depois da morte da mãe.

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Uma dica preciosa

09/05/2010

Por Tati Bortolozi

Negra, obesa, grávida aos dezesseis anos, abusada pelos pais, com AIDs e um filho com Síndrome de Down. Os temas, que parecem elencados para uma reportagem de domingo de algum jornal sensacionalista, aparecem com toda a força no filme Preciosa (Precious – 2009). Antes de desanimar e achar que os assuntos são pesados demais para uma tarde de domingo, ou mesmo para um mesmo filme, saiba que o diretor Lee Daniels soube dar à produção as pitadas lúdicas exatas em meio a este drama tão profundo. A história, emocionante e com atuações ‘anônimas’ brilhantes, fica na memória.

O filme não é o primeiro, nem será o último, a enquadrar temas polêmicos como a gravidez e o abuso sexual. O que surpreende, no entanto, é a capacidade que o roteiro teve em conectar a pluralidade de assuntos-tabu em um só filme, sem que o espectador perdesse o interesse ou o fio da meada.

No enredo, Claireece Precious Jones (a estreante Gabourey Sidibe) é uma adolescente que sofre diariamente com o analfabetismo e a falta de perspectivas em uma vida doméstica em que é violentada sexualmente pelo pai( Rodney Jackson) e abusada pela mãe (Mo’Nique). Vivendo em uma realidade tão fria, Preciosa se pega imaginando como seria sua vida se fosse uma cantora ou atriz de sucesso. O clichê, que aparece durante toda a produção, serve para arejar um pouco a atmosfera de tanto sofrimento. Preciosa precisa sonhar com dias melhores. Envolvidos, nós sonhamos junto com ela.

Grávida do segundo filho com seu pai -o primeiro nascera com Síndrome de Down – a adolescente é expulsa do colégio e encaminhada à uma escola alternativa. Lá, aprende a dimensão de ser reconhecida como pessoa ao mesmo tempo em que se reconhece através das primeiras letras que lê e escreve.

Com atuações belíssimas de Gabourey Sidibe e Mo’Nique, a cena mais comovente, para mim, fica com a dupla no encontro com a psicóloga interpretada por Mariah Carey que, sem maquiagem, chegou a deslocar para si alguns desmerecidos holofotes.

Retomando alguns posts sobre o papel das mulheres na arte, seja literária, cinematográfica ou jornalística, mais uma vez vale a pena pensar em como a educação e a coragem são capazes de mudar a realidade, dentro ou fora das telas.

E você, o que pensa sobre o assunto, ou mesmo sobre o filme? Comente!

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Passando calor com Alice em 3D

27/04/2010

por Carol Bossoni

Este post deveria ter saído na sexta, mas como Alice no País das Maravilhas é um dos filmes mais aguardados do ano, eu dei de cara com a bilheteria dos cinemas sem ingressos durante todo o fim de semana. Consegui, enfim, assistir  Alice no domingo à noite no Shopping Santa Cruz.

No filme de Tim Burton, Alice já tem 19 anos e as responsabilidades da vida adulta estão começando a perturba-la, até que ela vê de novo o Coelho Branco e volta ao País das Maravilhas.

Alice no país das maravilhas é bonito. Visualmente falando. Os cenários são coloridos e com toda aquela cara de fantasia que  a obra pede, os figurinos também são bem elaborados e a maquiagem dos personagens é extravagante e tudo tem aquela cara de Tim Burton. Outra coisafez os meus olhinhos brilharem foi o fato de que tudo está lá, a lagarta azul, o gato risonho, os gêmeos,os soldados de copas, a rainha vermelha (que é na verdade uma mistura da rainha vermelha do “Através do espelho” e a rainha de copas) e seu famoso “Cortem-lhe a cabeça”, o jogo dos flamingos e tudo o que eu lembrava do desenho e do livro.

O ponto fraco do filme é o roteiro, a história não é lá das mais originais, tanto que o final do filme já nos é revelado nas primeiras cenas que se passam no País das Maravilhas. Embora isso não tire a diversão da película. Já uma boa surpresa foi a presença do ator Crispin Glover. Ele faz o Valete  Stayne em Alice e é o George McFly, pai do protagonista Marty McFly,  do clássico “De volta para o futuro”

O único real problema que encontrei ao assistir Alice no País das Maravilhas foi o cinema. O Cinemark do Santa Cruz é muito ruim, começa na compra dos ingressos. O cinema não adotou os lugares marcados, então mesmo comprando o ingresso com bastante antecedência ainda precisei enfrentar uma fila e batalhar por uma poltrona. Graças a isso só consegui um lugar no canto da sala, em cima do corredor por onde as pessoas entram. De lá era impossível assistir ao filme confortavelmente pois bem na frente de onde aparecem as legendas, do meu ponto de vista, havia uma barra de ferro que me impedia de vê-las e cortava um pedaço da tela. Tive que assistir ao filme toda esticada, parecendo um Suricate de vigia.

O ar condicionado da sala não estava funcionando e nenhum funcionário avisou do problema, nem na compra dos ingressos e nem na entrada da sala. Você, caro leitor, pode imaginar o forno que uma sala toda fechada forrada por tapetes pode se transformar. Além destes problemas ainda havia uma mancha bem no meio da tela que ficou incomodando o tempo todo. E  a projeção 3D deste cinema também não é lá grande coisa. Todas as cenas em que havia maior velocidade saíram de foco. Definitivamente não recomendo.

Enfim, Alice vale a pena e o valor do ingresso, mas não no cinema do Shopping Santa Cruz.

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Até que a morte os separe

18/04/2010

Por Tati Bortolozi

Túmulo com vista, filme de Nick Hurran, é a típica comédia de costumes britânica, mais contida e refinada que a americana. Filmada na Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha em 2002, a comédia está longe dos blockbusters, mas agrada a um público em busca de filmes fora dos padrões tradicionais, com um humor leve e despreocupado.

O enredo conta a história de Betty Rhys-Jones(Brenda Blethyn), uma dona de casa de meia idade casada há mais de 30 anos com um homem que não ama e maltratada pela sogra. Quando a mãe de seu marido, porém, morre engasgada com biscoitinhos, Betty reencontra o amor da adolescência, Boris Plots (Alfred Molina), dono da única empresa funerária da cidade.

Boris sempre foi apaixonado por Betty, no entanto, sua timidez sempre o manteve distante. Cansada de ser maltratada pelo marido, Betty decide fugir com Boris. Mas, preocupada com o sustento e a moral do marido, decide fingir-se de morta, literalmente, para que ele fique com sua herança e a reputação intacta.

No entanto, acaba de chegar à cidade Frank Featherbed (Christopher Walken), o dono de uma agência funerária que promete revolucionar o negócio com ideias muito criativas. Para isso, usa fogos de artifício, elevadores, sapateado, música, muita maquiagem e referências a filmes nas suas cerimônias de despedida. A encenação de dois de seus enterros são duas das partes mais cômicas do filme. O ator Christopher Walken faz uma atuação primorosa de um homem cuja personalidade peculiar e extraordinária adota métodos muito modernos para seu tempo e para uma pequena vila inglesa.

Betty simula seu funeral, e nele descobre que o marido tem um caso com a secretária, e que ambos debocham dela, dizendo que viverão felizes em uma ilha gastando sua fortuna. Featherbed também vai à cerimônia e não pode se conformar com a aparência ‘viva’ de Betty. Ele quer, a todo custo, descobrir o segredo de Plots. Para isso, não titubeia em invadir a agência funerária do concorrente durante a madrugada para saber quais são os ‘fluídos secretos’ que melhoram a aparência dos mortos. Featherbed descobre o segredo do casal, mas tentado por uma proposta irrecusável, decide ajudá-los.

O roteiro é simples e remete a uma história de contos de fadas, com direito a mocinho, mocinha e vilão. A mistura de um humor negro (bem leve), situações absurdas e personagens que beiram a inocência aliada a ótimas atuações, fazem do filme uma  diversão despreocupada que rende boas risadas.

O trailer é um ótimo aperitivo das cenas do filme:

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QuickPost de alguém sem tempo sobre muitas coisas

17/04/2010

por Carol Bossoni

Coisas de TV:

Ontem começou o Aprendiz 7 – O Universitário e eu perdi. Soube que tem uma bixete lá..

O João Dória Jr. não me parece tão assustador quanto o Justus

Sou eu que tenho uma visão de mundo muito errada ou é um exagero a reação do personagem do Thiago Lacerda sobre o fato da namorada ser ex-mulher do seu pai, com quem ele nem fala e só viu uma vez?

Coisas de Cinema e DVD:

Audrey Hepburn é a musa primordial! Quero um sofá de banheira igual ao dela em Bonequinha de luxo!

Ah.. é legal vai...

Assisti hoje, pela primeira vez (por incrível que pareça), o episódio de Gilmore Girls em que a Rory volta pra Yale e pra casa. Precisei ser muito macho pra não chorar.. rsrs (Justificativa: quando passava na tv tive um rolo de mudança de casa e parei de acompanhar no começo da 5ª temporada)

Saudades de GG!!

Juro que volto e trato melhor desses temas depois.

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Apenas o Fim e Guerra ao Terror: pouco dinheiro, muito talento

04/04/2010

Por Tati Bortolozi

Neste fim de semana chegaram às locadoras dois filmes do circuito alternativo. O primeiro deles, Apenas o fim, com roteiro e direção de Matheus Souza, é a prova de que é possível fazer cinema brasileiro  sem os temas clichês de dramas sociais e comédias românticas e com pouco dinheiro.

Falo  sobre a pouca verba empregada no filme, pois, aluno de Cinema na PUC Rio, Matheus rifou uma garrafa de whisky entre colegas, arrecadou cerca de 8 mil reais (metade da verba do filme), juntou com a renda que o Departamento de Comunicação Social ofereceu e, durante 15 dias de férias, rodou o filme na própria universidade.

Curiosidades a parte, o filme conta a história da estudante Adriana (Érika Duvivier), que decide largar a rotina de faculdade, cidade e família para se mudar para um outro lugar qualquer. O namorado Tom(Gregório Duvivier) tem uma hora para convencê-la a desistir. Em diálogos despretensiosos, há humor, delicadeza, boas doses de cultura nerd e uma porção de referências pop da última década, ou seja, da nossa geração de universitários. No repertório, Cavaleiros do Zodíaco, Britney Spears, Transformers, o site de cinema Omelete…

Com alusões a Woody Allen, Bergman, Truffaut e tantos outros cineastas, o filme foca nos diálogos e viaja entre passado e presente, com distorções de câmera e luz para diferenciar os dois momentos. A trilha sonora é dos também estudantes da PUC, Los Hermanos. O longa de apenas 80 minutos já recebeu o prêmio de melhor filme do Júri Popular no Festival do Rio e na Mostra Internacional de São Paulo, além de ter sido selecionado para participar de festivais internacionais em Nova Iorque e Paris, por exemplo.

O filme se distancia das comédias românticas e dos dramas sociais que lotam as salas de cinema com filmes brasileiros, para lançar um novo olhar, através de sentimentos, questões existenciais e cotidianas. Vale a pena!

O segundo filme que chega às locadoras é o premiadíssimo(nada menos que ganhador do Oscar de melhor filme) Guerra ao Terror, de Kathryn Bigelow. A trama acompanha um esquadrão do exército dos EUA especializado em desativar bombas em Bagdá – rotina suicida que funciona como um vício ao sargento William James(Jeremy Renner). Com muitas cenas de ação, tensão e adrenalina, é mais um caso de cinema feito sem investimentos estrondosos, mas com uma boa idéia e muito talento. O filme no Brasil tinha sido lançado diretamente em DVD, no circuito alternativo, mas graças a premiação do Oscar, foi às telonas e agora volta às prateleiras. Aproveitem as dicas e divirtam-se!

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Amelia que era mulher de verdade…

03/04/2010

Por Carol Bossoni

Amelia estreou há uma semana em poucas salas de São Paulo. Conta a história de Amelia Earhart- famosa piloto americana e a primeira mulher a cruzar o Oceano Atlântico em um voo solo. O filme se passa no início da década de 1930, período da grande depressão e, paradoxalmente, auge da carreira de Amelia.

Dirigida por Mira Nair, a produção retrata principalmente o espírto livre de uma mulher atualíssima. Sonhadora, determinada, visionária. Amelia não aceita o estilo de vida das mulheres de sua época, mesmo após se casar com George Putnam (Richard Gere) ela não desiste de seu trabalho e recusa as amarras de um casamento infeliz, optando por viver com seu affair Gene Vidal ( Ewan McGregor) em um momento de crise. Após este período Amelia volta para seu marido e inicia uma empreitada inédita tanto para homens quanto mulheres: realizar uma volta ao mundo de avião.

O fime em si é fraquinho, tem menos emoção do que o trailer promete, mas o que eu quero tratar aqui realmente é outro ponto da discussão iniciada pela Thaís.  O que Amelia mostra é o início de uma busca que ainda não acabou, direitos iguais entre homens e mulheres. Todos os problemas pelos quais Amelia passa ao longo de sua carreira têm origem na incredulidade de todos em sua volta. Ninguém acredita que uma mulher seja capaz de, sozinha, pilotar um avião através do oceano. Depois acham impossível que ela consiga aprender a abastecer o avião em pleno voo. Amelia consegue ambas as coisas.

Nós tendemos a pensar que as mulheres não têm mais direitos a conquistar, pelo menos não na nossa sociedade,  ocidental e democrática. Foi o que eu ouvi de uma mulher na lanchonete, logo após o filme. Esta anônima chamava as feministas atuais de ignorantes e mal amadas. Curiosamente ela usava calças e cabelos curtos, o que foi motivo de estranheza em Amelia era natural para esta mulher. Talvez ela acredite que isso é obra do acaso.

Fato é que conquistamos inúmeros direitos ao longo do século 20, mas ainda não existe igualdade. As mulheres ainda ganham salários menores que os homens, mesmo ocupando a mesma função e com a mesma escolaridade. As profissões tipicamente femininas têm uma remuneração menor. Muitas empresas deixam de contratar mulheres para alguns cargos pois as mulheres saem de licença maternidade. E os homens? Eles também não podem escolher cuidar da família ao invés da carreira sem sofrer qualquer tipo de preconceito. Ou ter um cargo menor que o da esposa e não carregar o estigma do fracasso. Todas estas questões são culturais. Na minha humilde opinião, bem atrasadinhas. Reforço o convite da Thaís, vamos discutir os direitos humanos, de mulheres e homens, sem esquecer das desigualdades que estão perto de nós.